A parti deste momento, Jesus de uma maneira graciosa repreende o fariseu através de uma parábola. Digo graciosa, pois “Deus repreende e corrige aqueles a quem Ele ama”, conforme Hebreus 12:6. Acredito que o fariseu é como um filho com o coração endurecido. Para Jesus, ele é digno desta lição, repreensão e correção. O fato de Jesus ter se voltado ao fariseu revela amor e não indiferença. Portanto, creio que antes de taxarmos os fariseus, precisamos olhar com maior atenção a maneira do Senhor trata-los, pois graças a misericórdia de Deus eles foram advertidos e tiveram a oportunidade de voltar ao caminho de Deus.
Quando observo a misericórdia de Deus, penso sempre que o Todo-Poderoso poderia ter impedido a procriação do homem na queda, cortando o mal pela raiz. Ao contrário, foi misericordioso com TODOS (desde Adão). Por ter permitido que a raça continuasse viva e fértil, temos o maior ato de misericórdia, que tem sido renovada todos os dias, pois temos a chance de escolhermos por Ele, assim como todos antes e depois de nós.
A parábola conta acerca de dois devedores que não tinham como pagar um credor. Um devia 50 e outro 500. O credor decide perdoar a divida dos dois. Jesus pergunta ao fariseu: “qual deles amará mais o credor?”. Simão responde: “o que devia mais”. Jesus diz que ele julgou corretamente.
A parábola nos revela a forma da graça se manifestar. Ela é um presente imerecido. Ela é a quitação da dívida do devedor, sem o devedor ter feito nada para merecer este perdão. O credor é gracioso para com seus endividados sem eles merecerem.
Ao contar a história Jesus tem a intenção de mostrar ao fariseu algo que ele não havia entendido. Jesus lhe diz que o conjunto de atos de amor oferecido a Ele pela mulher revelava o tamanho do amor dela por Ele. E que, quando comparado aos atos do fariseu por Jesus, a mulher demonstrara maior amor. Mais do que isso, Jesus faz uma ligação da quantidade de amor com a quantidade de pecados perdoados. Ou seja, a mulher muito amou, por isso muitos pecados dela foram perdoados. Já quem pouco ama, poucos pecados são perdoados, aqui no caso o fariseu.
O fariseu não havia compreendido que para se ter uma vida completamente entregue a Deus é preciso amar MUITO. Não necessariamente seguir uma religião, ter um status social, possui cargos de liderança, mas tão somente amar a Deus de toda sua força, coração, alma e entendimento, semelhantemente a mulher que teve seus pecados perdoados.
Esta entrega total implica em humilhação e adoração. Humilhação pois precisamos nos colocar em nosso lugar. Se não formos humildes perante Deus, mas arrogantes e soberbos, nos tendo em alta estima, Ele resistirá a nós e o amor verdadeiro não estará em nós. Agora, se nos humilharmos perante Deus dizendo a Ele o quanto precisamos Dele, o quanto somos necessitados Dele, o quanto o amamos, Ele nos dará sua presença, Ele falará conosco. Nos perdoará. A adoração é resultado de uma vida humilhada perante Ele, percebendo que Ele é e eu não sou nada sem Ele.
André Anéas
[acompanhe esta série de posts sobre Por que se entregar a Deus?]
1/8 – Introdução [Por que se entregar a Deus?]
2/8 – “Entrega” [Por que se entregar a Deus?]
3/8 – Um convite inesperado? (36) [Por que se entregar a Deus?]
4/8 – À procura de Jesus (37-38) [Por que se entregar a Deus?]
5/8 – Pé Atrás (39) [Por que se entregar a Deus?]
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