Quem é o Deus revelado nas Escrituras? Quem é o Deus que você crê? Um ídolo inventado ou um Deus que faz o que deseja e não pode ser domesticado?
Nesta mensagem pregada na #IBQ você será desafiado(a) a entrar em contato com o Deus indomável da Bíblia! Oro para que o Espírito Santo fale no profundo da sua alma.
Sabe quando cumpriremos os propósitos de Deus? Quando em primeiro lugar, antes de pregar o evangelho aos desesperados, aos necessitados, nos tornarmos desesperados e necessitados de Deus! Precisamos desesperadamente conhecer o coração do Pai. Antes de orar e pedir, antes de fazer, antes de tudo, precisamos ser totalmente entregues a Ele! Totalmente apaixonados, desesperados por Sua presença e necessitados do amor Dele! Se não existe isso, como seremos usados de forma imprevisível? Como seremos cristãos imprevisíveis? Que levam em si a chama do Espírito Santo?
Se você se vê distante dos propósitos da igreja, existe uma solução. Arrependimento! Deus está aqui e Ele deseja te levar para um caminho em que Ele é seu pastor, o bom pastor! Um caminho em que entendemos que Ele é o Cordeiro de Deus, em que derramar um vaso de alabastro sobre os pés de Jesus é mais importante do que tudo e todos! Um caminho de cuidado e de amor… E no meio deste caminho, de maneiras imprevisíveis temos o privilégio, graças a misericórdia Dele, de sermos usados nesta terra! Seja levando uma palavra para alguém desconhecido, seja ajudando alguém financeiramente, seja investindo tempo com os perdidos, os sem-esperanças, os presos, os marginalizados, seja orando para os enfermos serem curados, expulsando demônios. Vivendo e demonstrando os frutos do Espírito, o poder do Senhor nesta terra!
Seja cheio do Espírito Santo! Esta é a vontade do Pai para Igreja. Uma Igreja cheia Dele, do Espírito de Deus. Pessoas plenamente cheias do Senhor, vivendo na totalidade a vida de Cristo e correndo, correndo, correndo a corrida que nos é proposta, rumo ao alvo, Jesus Cristo!
Como você quer ser conhecido diante de Deus? Quer ser alguém previsível ou alguém imprevisível, movido pelo Espírito Santo de Deus?
Elias era um profeta diferente. Foi testemunha do poder de Deus, provou da mão protetora do Senhor, do cuidado de Deus, experimentou inúmeras experiências com o SENHOR. Tudo o que Ele viveu com Deus nos mostra algumas verdades importantes: ele estava totalmente convicto do poderio do Senhor; ele escutava o Senhor; ele obedecia ao Senhor; mesmo em meio a fraqueza, em sua crise (capítulo 19), não teve dúvidas de orar a Deus. Não é a toa que Elias não conheceu a morte. Algo no relacionamento dele com Deus o fez experimentar mais intimidade, maior profundidade e verdade absoluta.
O profeta não tinha medo de obedecer a voz do Senhor e, mesmo depois, ao ter medo de Jezabel e pedir a morte a Deus, ele não chega a duvidar da existência do Senhor, não deixa de acreditar naquilo que Ele faz, não deixa de se submeter aos cuidados do Pai. Claro que ele teve medo, pois conforme Tiago 5:17 diz, era homem como nós. Creio que ele passara por algo semelhante a Jó, ao se ver por suas próprias palavras em 1 Reis 19:10. Mesmo assim, Elias sabia que seu discurso, sua crença no SENHOR era vivenciada na prática e não em teorias. Não se trata de um super-herói, mas de uma pessoa submissa ao SENHOR.
Outro fato de destaque e determinante para o que o Senhor me levou a refletir: ele era imprevisível. Não por sua criatividade, não por sua própria força, afinal ele mesmo reconhece que não é melhor que seus antepassados (19:4). Ele era imprevisível pois era dominado pelo Espírito do Senhor, como o próprio Obadias disse e temeu (18:12). Ele poderia ser levado para qualquer lugar, para ter qualquer ação que Deus desejasse. E mais ainda, Ele conhecia o SENHOR e o SENHOR o conhecia. Ele sentia a dor de ver o Reino do Norte longe dos caminhos do Senhor, em profundo adultério à aliança com Iavé. Ele era a voz profética naquele lugar e estava convicto de que Deus não estava alegre com aquela situação. Esta imprevisibilidade que o movia era revelada em grande poder de Deus através do próprio Elias para levar o povo ao arrependimento. Para “chocar” o povo com a grandeza de Deus!
Elias era relevante naquela situação. O papel dele como servo do Senhor estava sendo desempenhado em plenitude, com entrega total. Ele não mediu as consequências de seus atos. Ele se dispôs ao Senhor e Deus o usou de maneira extraordinária e de forma impactante!
Israel fora dividido em dois reinos: Sul e Norte. O Reino do Sul, embora tenha tido alguns reis ruins, um povo por vezes rebelde, surdo para voz profética do Senhor e tendo acabado exilado na Babilônia, foi agraciado por Deus para que dali surgisse a geração de Davi, da qual viria o Senhor dos senhores. Além disso, vemos no Reino do Sul um pouco de esperança para que o povo guarde os caminhos do Senhor e a aliança. Quando olhamos para o Reino do Norte, diferente do Sul (Judá), vemos que não há esperança de que a aliança com Deus de Abraão fosse mantida. Ali não houve sequer um rei bom. Todos se desviaram dos caminhos de Deus e desonraram a aliança com o Todo-Poderoso. Não foi a toa que o Reino do Norte desapareceu.
Dentre todos os reis que houve no Reino do Norte gostaria de destacar Acabe. Acabe fez algo terrível em seu reinado: se casou com Jezabel. Além de ter as mesmas práticas abomináveis de Jeroboão, adoração em um local diferente de Jerusalém e a outros deuses, Acabe de casara com a filha de Etbaal, que prestava culto a Baal. Ele não se importava em cometer os pecados que Jeroboão cometia, se tornou um adorador de Baal, fez um poste sagrado e acabou por provocar a ira do Senhor mais do que todos os reis antes dele.
Neste período, o povo em Israel vivia debaixo da mais profunda cegueira espiritual. Seu líder, Acabe, fez alianças com outros deuses e se deixara influenciar pela mulher Jezabel. Percebemos pela leitura bíblica que Jezabel tinha muito poder em seu reinado, a ponto de dar ordens para exterminar os profetas de Deus. Muitos estavam morrendo ao fio da espada naquele momento. Pela graça de Deus restavam profetas e pessoas fiéis a Deus, porém escondidos.
O profeta Elias é contemporâneo de Jezabel e Acabe. Ele era muito famoso nesta época e com certeza estava na boca de Acabe e sua mulher, pois era considerado um “perturbador” em Israel. Afinal de contas, Israel passava um período de seca devastadora e o próprio profeta havia predito que não choveria em Israel, de maneira muito ousada e para o próprio Acabe (1 Reis 17:1). Definitivamente ele era uma ameaça e o queriam morto o quanto antes, semelhantemente aos demais profetas assassinados.
Como está relatado em 1 Reis 18-46, Elias enfrentou uma situação peculiar e muito famosa: o grande desafio no monte Carmelo. Precisamos ter em mente que Elias estava sozinho, não tinha “colega” profeta. Era ele e Deus. Mesmo assim, como homem e profeta temente ao Senhor e obediente, atendeu a voz de Deus que lhe disse para ir ao encontro de Acabe. Isso mesmo, ir ao encontro do REI de Israel, marido de Jezabel, ambos adoradores de Baal, que estavam “loucos” para matá-lo. E ele foi. Ao se deparar com um servo de Acabe, Obadias, e solicitar estar na presença do rei, o servo nega, pois temendo a morte, tem sérias preocupações de que Elias não se apresentasse na “reunião”, pois Obadias sabia que Elias era movido pelo Espírito de Deus (1 Reis 18:12), o qual podia levá-lo para onde quisesse. Elias era imprevisível. Alguém totalmente submetido a vontade do Senhor. No final das contas o encontro acabou acontecendo, pois Elias jurara pelo nome do SENHOR que se apresentaria a Acabe naquele mesmo dia.
O versículo 16 diz que Acabe foi em direção de Elias. A Septuaginta chega a colocar que ele fora correndo ao encontro do profeta, provavelmente devido a tamanha ansiedade por vê-lo e pelo longo tempo de procura ou “caça”. Acabe sabia tudo o que Elias representava. No diálogo entre os dois, o profeta confronta os pecados do rei Acabe e de maneira ousada e de forma imprevisível dá uma ordem ao rei: ir ao monte Carmelo, junto de 450 profetas de Baal e de 400 profetas de Aserá (deidade feminina), junto de todo povo de Israel. E assim foi, todos se reuniram no monte Carmelo.
Elias, se dirigiu ao povo e disse de maneira clara para todos deixarem de oscilar. “Se o SENHOR é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no”. Em outras palavra pediu para que o povo tomasse uma decisão. Ou seja, exortou o povo a sair de “cima do muro”.
Muito provavelmente Elias se considerava o único profeta restante por estar totalmente só naquela situação e por perceber que somente ele estava (naquele momento) exercendo o ministério profético. Mesmo assim, ele faz um grande desafio aos sacerdotes de Baal e de Aserá: clamar, cada um a seu Deus, para que haja uma resposta com fogo! O Deus que respondesse com fogo, este seria Deus. Todos concordaram e assim fizeram.
Entretanto, desde a manhã até o meio-dia, nem Baal nem Aserá responderam. Foi ai que Elias começou a zombar deles. “Gritem mais alto!”, “Quem sabe ele está ocupado, meditando ou viajando?”, “Talvez esteja dormindo e precise ser despertado”. Até o período da tarde, mesmo contando com automutilações dos próprios sacerdotes, nada do deus deles responder. Então Elias, chamou o povo mais para perto, quis mostrar ao povo através de símbolos a ligação deles com o SENHOR, e após orar à Deus, fogo consumiu o holocausto.
Ao final, o povo caiu prostrado e reconheceram que o SENHOR era Deus. Os profetas de Baal foram presos e mortos. De maneira tremenda a chuva voltou a cair em Israel, com Elias prostrado com o rosto entre os joelhos no alto do monte Carmelo.
Muito se tem discutido sobre o papel da igreja na sociedade. E, infelizmente, a resposta sobre qual é o exato papel da igreja é mais diversificada do que se imagina. Alguns vão dizer que o papel da igreja é fazer obras sociais. Outros vão falar que é anunciar Cristo puro e simplesmente. Outros vão dizer que são “missões”, pois se não tiver “missões” não é igreja. Outros vão dizer que são “missões urbanas”. Outros que são missões para países não alcançados. Alguns vão dizer que todos já estão predestinados e, portanto, temos que pregar para todos com o objetivo dos predestinados descobrirem que são predestinados. Outros vão dizer que a igreja deve pregar o evangelho para que o mundo possa fazer uma escolha. Infelizmente, deve haver aqueles que acreditam que a igreja tem como propósito ser próspera em bens materiais. Antigamente houve quem achasse que igreja e Estado tinham tudo a ver e, consequentemente, o papel da igreja foi – e, em alguns casos, ainda é – político, muitas vezes se tornando empresas-igrejas. Além disso, no meio teológico existe uma preocupação sobre quais perguntas as pessoas estão fazendo e quais respostas precisamos dar à elas. Muitos dizem, portanto, que este é o propósito da igreja, fazer uma leitura social para buscar respostas condizentes com as perguntas que estão sendo feitas e, no meio das respostas, anunciar o Evangelho. Hoje em dia, já não é novidade também a quantidade elevada de cristãos que não frequentam igrejas. Para eles, estar reunidos com pessoas em “igrejas” não é o papel da igreja propriamente dito. Enfim, a variedade de opções para se definir qual o papel da igreja é grande e poderíamos discutir por longas horas e dias, o que é certo, o que é bíblico ou o que é sistematicamente mais correto.
Certamente cada um destes exemplos que citei tem sua relevância. Talvez o papel da igreja na sociedade seja uma junção de todos os exemplos e mais outros, talvez não. Talvez seja uma mescla de alguns. Mas não tenho a intenção de discutir cada uma destas ideias neste momento.
Para se falar sobre o propósito da igreja na sociedade, primeiramente precisamos entender quem é a igreja. Existe uma frase que muitas vezes é usada: “a igreja somos nós e não prédios ou templos”. Esta é uma verdade. O que faz a igreja ser igreja somos nós, que um dia nos entregamos ao Senhor, fomos salvos pela sua graça maravilhosa e nos convertemos. Entendo que para saber o propósito da igreja na sociedade, em primeiro lugar, tenho de saber quem eu sou. Afinal, eu sou parte da igreja. E, se é verdade que a igreja somos nós, é MUITO relevante saber quem você como cristão deve ser (ou deveria ser) para que a igreja, através de nós, que somos ela, cumpra seu papel da maneira como Cristo deseja. E isto é muito importante, da maneira como Ele deseja, pois a igreja tem dono.
Algo que precisa ficar claro é que teoria muitas vezes não tem a ver com a prática. Acredito que por isso o Senhor me orientou a meditar sobre a vida de Elias, mais especificamente sobre o ocorrido no monte Carmelo…
Estou compartilhando uma pregação feita em 03/02/2013, na igreja Presbiteriana Kairós, na Móoca. Louvo ao Senhor pelo convite dos irmãos e pelo privilégio de repartir a palavra Dele.
Uma palavra desafiadora, impactante e imprevisível. O Senhor falou muito em minha vida através desta mensagem. Oro para que Ele também fale contigo profundamente.
Que sejamos a cada dia impactados por Ele para sermos mais como Ele!
Deus abençoe sua vida e que o Espírito Santo seja pleno em ti!
André Anéas
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