Avaliação do Leitor [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

Após a leitura do livro, posso afirmar que se trata de uma das melhores leituras que realizei. Isto se deve a maneira como o livro mexeu com minha vida, graças a profundidade com que o autor aplica os princípios na estória e nos leva a relacioná-los com nosso ser. Somos motivados à auto compreensão através de um confrontamento e “choque” de realidades (Rei Davi x “meu eu”).

Outro ponto de alta relevância no livro é a relação do homem com Deus. No decorrer da leitura somos levados a nos colocar na posição das personagens, porém, em situações cotidianas. Conseguimos facilmente comparar nossa relação com o Criador frente às inúmeras situações de injustiça, autojustificação e decisões como as passadas pelo rei Davi (em suas diversas fases ou “crises”). O autor consegue nos instigar, quase que persuasivamente, a nos fazer parar a leitura para refletir no nosso “eu” e orar ao Pai.

Excelente leitura e meditação.

André Anéas

Breve Resumo [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

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Argumentos [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

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Argumentos [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

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Argumentos do autor

A. O primeiro argumento que consigo identificar diz respeito a necessidade de decidir por confiar no Senhor e não no nosso senso de justiça. Acredito que o autor coloca este ponto devido a incapacidade do ser humano compreender os desígnios de Deus para o homem. O que pode nos parecer injustiça para Deus pode ser a situação ideal para o amadurecimento e treinamento, visando colocar a pessoa no lugar que Ele preparou no futuro. No livro, o autor coloca que o líder precisa ser quebrantado. Saul passa a ser instrumento de Deus na vida de Davi, pois Davi confia no Senhor e se submete a este tratamento do Senhor.

B. Outro argumento do autor é de que os dons não podem ser revogáveis. Ou seja, existem pessoas extremamente capacitadas e que podem realizar grandes feitos. Porém, estes mesmos podem arremessar lanças, odiar os outros, realizar planos para matar, não demonstrando uma transformação interior. Mesmo com atitudes erradas o dom permanecerá.

C. Quando é tratado acerca do dilema que Davi passa, de não compreender (ter certeza) se é a vontade de Deus que Absalão assuma o trono ou se ele deveria se posicionar contra, é argumentado que nunca teremos certeza absoluta. Que isto caberia somente a Deus.

D. O autor fala também sobre o conceito de autoridade no Reino de Deus. Fica bem claro que é Deus quem as constitui as autoridades e cabe a todos se submeter a autoridade levantada.

E. A estória aborda um argumento acerca de liderança. É colocado pelo autor que a liderança correta não é imposta por força e autoritarismo, mas sim pelo exemplo do líder. Davi enquanto estava vagando em sua fuga de Saul é surpreendido pelos soldados que se rebelam contra o rei. Davi não aceita liderá-los, pois não concorda com a postura rebelde deles. Mesmo assim, sem impor sua liderança e sequer tocar na palavra “autoridade”, os soldados passam a se submeter a ele, pois o enxergam como líder.

Argumentos do autor que concordo

A. Concordo com a necessidade de termos confiança e dependência em Deus. Nosso ímpeto é sempre de olharmos para situação no momento e, muitas vezes, é fácil tomarmos decisões pautadas em análises superficiais. Não são raros os momentos em que somos cheio de uma sabedoria medíocre, que fica muito aquém da soberania de Deus e do plano que Ele tem para nós. Muitos são os momentos em que, após decisões erradas e, as vezes, anos de consequência, a ”ficha cai” para realidade de que o Senhor tinha um propósito que nos passou despercebido.

Não concordo

B. No que diz respeito aos dons, concordo parcialmente com o autor. Ele é muito categórico em afirmar a não revogação dos dons. Entretanto, em minha opinião, Deus pode exercer juízo sobre quem detém o dom. Por que Deus não poderia revogar o dom? Não foi Ele mesmo quem deu? Falo acerca dos dons espirituais.

C. Não concordo quando é colocado que não podemos ter a certeza de que estamos tendo a atitude certa perante uma situação. Ao meu ver, em alguns casos (não sei dizer se na maioria ou não) não conseguimos ter a clareza do nosso discernimento em determinadas situações. Perguntas como “devo agir favoravelmente a algo que sei que é justo (sendo talvez ‘usado’ por Deus para fazer justiça)?” ou “não devo agir favoravelmente, mas sim depender do Senhor (e não sendo ‘impulsivo’ a fazer justiça com minhas próprias mãos)?” surgem. Dentro deste contexto existe outra questão: devemos orar ou agir ou orar e agir. Acredito que esta dúvida é uma realidade no caminhar cristão. Entretanto, não vejo a dúvida como uma regra. Deus pode sim te dar clareza de como agir e também do porque agir.

D. Concordo em parte com o princípio de autoridade do Reino de Deus colocado pelo autor. Creio que as autoridades são constituídas por Deus, porém, as vezes Deus permite que a autoridade se levante, não sendo a Sua vontade perfeita. A atitude de Davi foi a correta e devemos seguir este exemplo de submissão. Entretanto, existem muitos exemplos bíblicos de profetas que profetizaram contra a autoridade instituída. Vemos isto claramente nos livros de Reis.

E. No que diz repeito a maneira de impor liderança, concordo com o autor também em partes. Acho fantástico conquistar uma posição de líder sendo reconhecido por seus liderados e não por força ou tentativa de defesa de posição. Porém, vemos o apóstolo Paulo defendendo seu apostolado. Pode existir esta necessidade dependendo do caso.

André Anéas

Breve Resumo [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

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leitorImportância da simplicidade de um “pastor”

Na simplicidade de Davi como pastor de ovelhas, percebemos claramente como sua relação com Deus forma e molda seu ser. No decorrer da leitura fica evidente que esta primeira fase de “simplicidade” e, mais do que tudo, honestidade, faz com que Davi tenha um caráter íntegro e dependente de Deus. Percebo claramente que a maneira como Deus prepara o homem exige, antes de tudo, que o homem tenha um coração totalmente voltado para seu Deus. Davi sabe que mesmo na simplicidade da vida de pastor de ovelhas, ele tem algo precioso, que o torna realizado. O medo foge de Davi, pois ele tem certeza de que quem ele crê está próximo dele na pastagem, nas montanhas, em seu dia-a-dia.

Caráter e valores bem definidos são fundamentais

A humildade de Davi é claramente demonstrada quando ele se submete a Deus. Mesmo diante da certeza de seu reinado, Davi se submete a Saul de maneira reverente. A inveja e as lanças de Saul não afetam o ser de Davi e de maneira nenhuma o faz “jogar” o jogo sujo.

Em contraste, vemos Saul dominado pelo seu egoísmo e arrogância. A autojustificação de Saul o leva a uma condição de vida comprometedora diante de Deus, pois sua justiça é demonstrada superior. Devido a esta superioridade do ‘ser’ de Saul, seus valores e princípios, relacionados a Deus, são demonstrados frágeis e instáveis.

O ápice da demonstração de quem Davi está se tornando acontece quando as lanças de Saul não são devolvidas. Davi foge (de maneira nenhuma por medo) por temor ao seu Deus soberano que colocou Saul como rei.

Dependência de Deus

Nos momentos de fuga, nas cavernas, a dependência e relação com Deus, consolida o caráter de Davi (o preparando para o reinado). Mesmo inconscientemente, Davi revela-se um exemplo aos seus soldados daquilo que Deus deseja. Pois, embora haja vontade de fazer justiça, há misericórdia. Davi revela algumas facetas de Deus aos seus soldados (pois estas facetas estão sendo nele, pois assim Deus o faz), demonstrando-as em suas atitudes frente às decisões que ele toma.

Dizer adeus a auto-justificação

Na terceira fase, o autor coloca a decisão trivial de Davi. É colocado diante dele a possibilidade de ser justo e não abrir mão da justiça. Entretanto, Davi consegue perceber que se fizer justiça ele mesmo se fará como Saul. No auge do poder ele é tentado a achar que a posição que ocupa é dele por direito. Cogita lançar suas lanças para defender o “seu” ser. Esta crise o leva a refletir e perceber (e nos leva também) que agindo assim não haverá diferença entre Davi e Saul. Que tudo seria em vão e que se tornaria exatamente aquele “problema” que enfrentara quando recebera lanças em sua direção e quando fugira para se submeter a vontade de Deus.

Davi não escolhe se autojustificar, aliviando o peso de uma decisão em prol do que é “seu” por direito. Ao contrário, Davi revela-se em posição passiva, pois desde os tempos de pastor ele sabe que o poder pertence ao seu Deus. A dúvida é o porquê de Deus dar e tirar. Por qual razão Deus assim age? Davi compreende que esta resposta não pertence a ele, mas a Ele. Davi novamente se submete e descansa no Senhor.

André Anéas

Breve Resumo [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

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Breve Resumo [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

O livro narra a estória de um período do reino de Israel. Mais especificamente a estória de três reis que passaram pelo trono sucessivamente: Saul, Davi e Absalão. No decorrer da estória o escritor nos leva a uma reflexão abordando temas como poder, auto-justificação, justiça (injustiça), liderança, liderados e “treinamento” de Deus. Dentro destes temas nos é proposta uma análise das intenções, valores e princípios que regem a vida de cada um dos reis. Pode-se dizer que ao menos parte do perfil (personalidade) de cada rei é revelada, podendo ser de maneira geral um rei bom (Davi) ou mal (Saul). Em paralelo, é possível perceber a mão de Deus por de trás dos acontecimentos.

Perfil de Três Reis

A estória constitui duas partes. Na primeira temos Saul no trono e Davi como pastor de ovelhas, vindo posteriormente a ocupar uma posição de destaque junto ao rei. Davi demonstra-se um homem temente a Deus e confiante no Senhor. Os valores e a coragem de Davi, desenvolvidos na época de pastoreio de ovelhas, o leva a fazer parte do convívio de Saul. Porém, Saul passa a enxergá-lo como uma ameaça ao trono e se inicia um conflito entre os dois. Davi, surpreendentemente, mesmo sendo ungido pelo profeta Samuel para ser rei em Israel, se submete a autoridade do rei, certo de que ela é dada por Deus. No decorrer da narrativa, Saul passa a persegui-lo, querendo matá-lo. Davi foge e mesmo nas oportunidades que tem, não ousa ferir ou ter uma posição de insubmissão ao rei, que considera “ungido do Senhor”.

Na segunda parte do livro temos Davi no trono e seu filho Absalão se rebelando contra o pai na tentativa de tomar o trono. Neste momento Davi entra em um dilema: Lutar para assegurar o trono que é seu por direito, arriscando se tornar um Saul II, ou se submeter a vontade de Deus, atitude demonstrada no conflito com Saul na primeira parte do livro.

O livro se desenrola dentro destes dois conflitos e, ao longo da leitura, podemos entender as intenções de cada um dos reis. O grande destaque está no processo de quebrantamento e preparação que Davi passa até assumir o trono, que se inicia no pastoreio de ovelhas, destruindo seu “Saul” interior e se humilhando, visando atingir o nível de maturidade e de caráter requeridos por Deus.

André Anéas

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