
Argumentos do autor
A. O primeiro argumento que consigo identificar diz respeito a necessidade de decidir por confiar no Senhor e não no nosso senso de justiça. Acredito que o autor coloca este ponto devido a incapacidade do ser humano compreender os desígnios de Deus para o homem. O que pode nos parecer injustiça para Deus pode ser a situação ideal para o amadurecimento e treinamento, visando colocar a pessoa no lugar que Ele preparou no futuro. No livro, o autor coloca que o líder precisa ser quebrantado. Saul passa a ser instrumento de Deus na vida de Davi, pois Davi confia no Senhor e se submete a este tratamento do Senhor.
B. Outro argumento do autor é de que os dons não podem ser revogáveis. Ou seja, existem pessoas extremamente capacitadas e que podem realizar grandes feitos. Porém, estes mesmos podem arremessar lanças, odiar os outros, realizar planos para matar, não demonstrando uma transformação interior. Mesmo com atitudes erradas o dom permanecerá.
C. Quando é tratado acerca do dilema que Davi passa, de não compreender (ter certeza) se é a vontade de Deus que Absalão assuma o trono ou se ele deveria se posicionar contra, é argumentado que nunca teremos certeza absoluta. Que isto caberia somente a Deus.
D. O autor fala também sobre o conceito de autoridade no Reino de Deus. Fica bem claro que é Deus quem as constitui as autoridades e cabe a todos se submeter a autoridade levantada.
E. A estória aborda um argumento acerca de liderança. É colocado pelo autor que a liderança correta não é imposta por força e autoritarismo, mas sim pelo exemplo do líder. Davi enquanto estava vagando em sua fuga de Saul é surpreendido pelos soldados que se rebelam contra o rei. Davi não aceita liderá-los, pois não concorda com a postura rebelde deles. Mesmo assim, sem impor sua liderança e sequer tocar na palavra “autoridade”, os soldados passam a se submeter a ele, pois o enxergam como líder.
Argumentos do autor que concordo
A. Concordo com a necessidade de termos confiança e dependência em Deus. Nosso ímpeto é sempre de olharmos para situação no momento e, muitas vezes, é fácil tomarmos decisões pautadas em análises superficiais. Não são raros os momentos em que somos cheio de uma sabedoria medíocre, que fica muito aquém da soberania de Deus e do plano que Ele tem para nós. Muitos são os momentos em que, após decisões erradas e, as vezes, anos de consequência, a ”ficha cai” para realidade de que o Senhor tinha um propósito que nos passou despercebido.
Não concordo
B. No que diz respeito aos dons, concordo parcialmente com o autor. Ele é muito categórico em afirmar a não revogação dos dons. Entretanto, em minha opinião, Deus pode exercer juízo sobre quem detém o dom. Por que Deus não poderia revogar o dom? Não foi Ele mesmo quem deu? Falo acerca dos dons espirituais.
C. Não concordo quando é colocado que não podemos ter a certeza de que estamos tendo a atitude certa perante uma situação. Ao meu ver, em alguns casos (não sei dizer se na maioria ou não) não conseguimos ter a clareza do nosso discernimento em determinadas situações. Perguntas como “devo agir favoravelmente a algo que sei que é justo (sendo talvez ‘usado’ por Deus para fazer justiça)?” ou “não devo agir favoravelmente, mas sim depender do Senhor (e não sendo ‘impulsivo’ a fazer justiça com minhas próprias mãos)?” surgem. Dentro deste contexto existe outra questão: devemos orar ou agir ou orar e agir. Acredito que esta dúvida é uma realidade no caminhar cristão. Entretanto, não vejo a dúvida como uma regra. Deus pode sim te dar clareza de como agir e também do porque agir.
D. Concordo em parte com o princípio de autoridade do Reino de Deus colocado pelo autor. Creio que as autoridades são constituídas por Deus, porém, as vezes Deus permite que a autoridade se levante, não sendo a Sua vontade perfeita. A atitude de Davi foi a correta e devemos seguir este exemplo de submissão. Entretanto, existem muitos exemplos bíblicos de profetas que profetizaram contra a autoridade instituída. Vemos isto claramente nos livros de Reis.
E. No que diz repeito a maneira de impor liderança, concordo com o autor também em partes. Acho fantástico conquistar uma posição de líder sendo reconhecido por seus liderados e não por força ou tentativa de defesa de posição. Porém, vemos o apóstolo Paulo defendendo seu apostolado. Pode existir esta necessidade dependendo do caso.
André Anéas
Breve Resumo [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]
Destaques do Leitor [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]
Avaliação do Leitor [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]
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