Destaques do Leitor [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

leitorImportância da simplicidade de um “pastor”

Na simplicidade de Davi como pastor de ovelhas, percebemos claramente como sua relação com Deus forma e molda seu ser. No decorrer da leitura fica evidente que esta primeira fase de “simplicidade” e, mais do que tudo, honestidade, faz com que Davi tenha um caráter íntegro e dependente de Deus. Percebo claramente que a maneira como Deus prepara o homem exige, antes de tudo, que o homem tenha um coração totalmente voltado para seu Deus. Davi sabe que mesmo na simplicidade da vida de pastor de ovelhas, ele tem algo precioso, que o torna realizado. O medo foge de Davi, pois ele tem certeza de que quem ele crê está próximo dele na pastagem, nas montanhas, em seu dia-a-dia.

Caráter e valores bem definidos são fundamentais

A humildade de Davi é claramente demonstrada quando ele se submete a Deus. Mesmo diante da certeza de seu reinado, Davi se submete a Saul de maneira reverente. A inveja e as lanças de Saul não afetam o ser de Davi e de maneira nenhuma o faz “jogar” o jogo sujo.

Em contraste, vemos Saul dominado pelo seu egoísmo e arrogância. A autojustificação de Saul o leva a uma condição de vida comprometedora diante de Deus, pois sua justiça é demonstrada superior. Devido a esta superioridade do ‘ser’ de Saul, seus valores e princípios, relacionados a Deus, são demonstrados frágeis e instáveis.

O ápice da demonstração de quem Davi está se tornando acontece quando as lanças de Saul não são devolvidas. Davi foge (de maneira nenhuma por medo) por temor ao seu Deus soberano que colocou Saul como rei.

Dependência de Deus

Nos momentos de fuga, nas cavernas, a dependência e relação com Deus, consolida o caráter de Davi (o preparando para o reinado). Mesmo inconscientemente, Davi revela-se um exemplo aos seus soldados daquilo que Deus deseja. Pois, embora haja vontade de fazer justiça, há misericórdia. Davi revela algumas facetas de Deus aos seus soldados (pois estas facetas estão sendo nele, pois assim Deus o faz), demonstrando-as em suas atitudes frente às decisões que ele toma.

Dizer adeus a auto-justificação

Na terceira fase, o autor coloca a decisão trivial de Davi. É colocado diante dele a possibilidade de ser justo e não abrir mão da justiça. Entretanto, Davi consegue perceber que se fizer justiça ele mesmo se fará como Saul. No auge do poder ele é tentado a achar que a posição que ocupa é dele por direito. Cogita lançar suas lanças para defender o “seu” ser. Esta crise o leva a refletir e perceber (e nos leva também) que agindo assim não haverá diferença entre Davi e Saul. Que tudo seria em vão e que se tornaria exatamente aquele “problema” que enfrentara quando recebera lanças em sua direção e quando fugira para se submeter a vontade de Deus.

Davi não escolhe se autojustificar, aliviando o peso de uma decisão em prol do que é “seu” por direito. Ao contrário, Davi revela-se em posição passiva, pois desde os tempos de pastor ele sabe que o poder pertence ao seu Deus. A dúvida é o porquê de Deus dar e tirar. Por qual razão Deus assim age? Davi compreende que esta resposta não pertence a ele, mas a Ele. Davi novamente se submete e descansa no Senhor.

André Anéas

Breve Resumo [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

Argumentos [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

Avaliação do Leitor [Estudo do Livro “Perfil de Três Reis”]

Publicidade